quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DE REPENTE UM DIA DOCE DE NOVEMBRO

A vida é mesmo oportunidade viu! Você vai vivendo e vai conhecendo pessoas, desconhecendo-as. Se encantando e desencantando... Caindo em armadilhas, até que você resolver pular, arrancar as amarras e se soltar e tudo se transforma, ficamos leves e livres. Prontos para outras aventuras, outras armadilhas talvez, mas outras oportunidades. Hoje, do nada, revi um conhecido que se revelou fã. Beijou minha mão, pediu atenção e eu dei... Oras, as histórias que vem a mim, estava eu quietinha no balcão de atendimento no trabalho e surge ele. Alto, magro, sorridente e solícito. Atendi seu pedido, encontrei seu livro, mas ao terminar o atendimento, me convidou pra jantar... u huuuu, corei na hora, mas já fiquei a postos, pronta para o galanteio. Diferentemente do último envolvimento que tive, esse me soou leve, gentil e me transmitiu a paz perdida há meses atrás... Num novembro que hoje se apresenta de forma doce... Oras, porque não aceitar? Porque resistir, se fiquei a fim na hora? E o fiz! Aceitei e aqui estou eu prontinha e a espera do rapaz, que pode vir a ser um amado ou não, mas valerá a espera, valerá o encontro e já valeu a pena ter sido convidada com tanto esmero e de forma inusitada, no meu ambiente de trabalho. Eu que há dias venho me sentindo triste, com a autoestima baixa, sem muito observar nada a minha volta... Toda febre que tive nesses dois dias, agora me esquenta de vigor e esperança de ver nesta oportunidade, uma nova chance de relação. Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar...                                                                                                                                                                                                                                                                      

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

BI: MEU NOME É SAUDADE!

Há exatos 9 anos te procurei e procurei muito, hoje só te encontro dentro das minhas lembranças, do meu coração. Aquele dia não devia ter existido e a partir daquele ano, o dia de hoje também poderia não existir. Não, mas ele existe, ele maltrata, ele adoece meu ser e me mostra o quão vazio ainda é o espaço que você deixou.
Por esses dias lembrei tanto de você. Recebi uma visita em minha casa, que de tanto parecer com você me perturbou até agora, seu risinho de lado, sua perna balançando o tempo todo; e o pior: o libertino também me chamou de gorda, hi hi hi...
Hoje mais ainda meu nome é saudade, hoje mais ainda me faz lembrar que os novembros nem sempre são doces comigo. Hoje, mesmo vendo sua prole se perpetuar, ainda não acredito que você não tá aqui pra viver tudo isso com a gente.
Estamos todos caminhando, mas o vazio sempre nos enche da sua falta, do seu sorriso e do seu jeito espirituoso.
Hoje, como há nove anos que nos deixou, meu nome é SAUDADE.

Simoninha Xavier
20/11/2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

VOCÊ POR PERTO

Perto dele todo meu peso se transforma em plumas, posso ficar sobre seu enorme corpo e flutuarmos.
Perto dele sinto todos os sabores, aromas e cores e sensações.
Perto dele estou perto do céu. O azul tem um tom tão especial, que seja dia, seja noite, o anil nos ilumina.
Os filmes, as afinidades, os gostos, as brincadeiras, as pirombetas, os passeios, tudo é só alegria.
Esse mês é nosso! Incrível como ainda temos sintonia.
Hoje passei o dia um pouco enojada com algumas coisas que estou sendo obrigada a ver, mas ao mesmo tempo, me aliviava com a doce sensação de sua lembrança, de seu sorriso, dos seus cliques em cada passo que dava, com ele passei a gostar de ser fotografada, pensar nele me fazia escapar da agonia do dia. Quando cheguei em casa meu Facebook tinha um post enviado para mim por ele, um post de humor, mas é a sua forma de me lembrar e me acarinhar, mesmo estando tão longe.
Não sei bem por quê estamos longe um do outro ainda, mas esse sentimento, essa sintonia e afinidade é muito maior do que qualquer coisa que nos separe, seja a geografia, seja a religião, seja o que for... Estamos unidos em mente, corpo e coração.
Ele me faz ver o novembro que sempre temi de forma diferente, todos sabem que novembro tem gosto de agosto pra mim, com exceção do doce novembro que passamos inteirinhos grudados um no outro. Desde então nos novembros seguintes, ele preenche, aparece, fica mais afável e doce do que já é. Um forte e amável menino gigante.
Amo com tanta força que hoje aos treze dias do nosso mês, confesso que estou de volta e que as vezes que tentei fugir disso foram em vão. Principalmente desta última vez, vez desastrosa, que errei e errei feio na escolha. Nossa! Como pude me enganar assim? Como pude não prestar atenção na minha intuição que me alertava o tempo todo?
O que importa é que estou aqui, inteira, refeita, revigorada e mais feliz ainda por reconhecer e ter a certeza de que ele também sempre está aí pra me receber de volta, meu enorme príncipe, minha rosa, que vou cuidar para sempre como única no mundo.


“Guardei sem ter por que, nem por razão ou coisa outra qualquer, além de não saber como fazer, pra ter um jeito meu de me mostrar”. 

Simoninha Xavier

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

NUM SÁBADO APENAS

Tive um sábado maravilhoso!!!
Visita que amo em casa, hóspedes novos que amei e uma noite bem divertida! Fico impressionada como a arte comove e domina as pessoas de um modo geral, em sua plenitude. A mim então nem se fala.
Sair com pessoas, ouvir música, conversar amenidades, que nem são tão amenas assim, me encanta e me emociona.
Ouvir Balada de Gisberta de Maria Bethânia com a roupa de Rogéria, quase me fez chorar. Ouvir Amor de índio de Beto Guedes na versão dessa cantora, me fez chorar sábado.
Lógico que eu precisava estar emotiva, já com problemas precedentes a audição das canções, mas elas me fizeram aliviar-me da dor da rejeição que venho sentindo há alguns meses de um amado e de um mano mais amado ainda...
Vi uma colega ficar bêbada, para poder se deleitar com as canções e também cair no choro, mas eu não, caí no choro com toda consciência sóbria e com todo peso que as minhas dores têm me causado.
Recebi um visitante lindooooo, que não teve olhos para mim por estar sentindo ainda a dor do amor passado. Porém foi gentil, foi doce, atencioso e cuidadoso. A cara do meu Bi, até no jeito de ser dele.... Ficamos num barzinho até esgotar todo o repertório de elite da querida e amada artista carioca, radicada em Caruaru. Depois um outro frequentador do bar, quis deixar o nível das audições mais baixo tentando entoar hits de cunho brega de plástico, mas sem sucesso, os outros frequentadores se negaram e voltaram a entoar Marisa, Jorge, Tim, etc...
A noite não podia acabar ali, eu tinha que proporcionar as minhas visitas um som mais poderoso ainda, uma voz grave e abençoada pelo violão de doze cordas de outro grande gênio de Caruaru.
Fomos a Mercearia Ponta de rua e lá estava como esperado, a diva Gabi da pele preta. Nossa! Como essa mulher canta, só encontrei outra igual a ela há décadas atrás, no curso de Biblioteconomia. Comparo ela a um rouxinol, forte e doce, suave e marcante. Grave e impactante.
Meus hóspedes ficaram de cara! Ouvir Cupido de Cláudio Lins na sua versão, nos deixou sem ar, sem contar no desfile de grandes vozes versadas na sua voz, Vanessa da Mata, Elis Regina, Paulinho Moska, Clara Nunes e Bom senso do velho e saudoso Tim Maia fechou a noite com gloriosos aplausos de pé da galera estereotipada de porra louca do Bar...

Uma noite memorável, como tive poucas na vida: Arte, amigos, amores e boemia.
Sei que todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite, mas eu nem esperava que fosse tanto...

Simoninha Xavier

terça-feira, 5 de novembro de 2013

DEDO PODRE II

Faz tempo que escuto a expressão “o amor é para os fortes”.
E ando meio encafifada com isso.
Tive poucos relacionamentos, um amor perdi para morte, como já disse aqui milhares de vezes, outro perdi para Deus, os outros foram se perdendo no caminho.
Ando meio sem sorte, talvez só vá encontrar em outra vida, sei lá.

Ultimamente tem aparecido cada um viu!
Eles aparecem, galanteiam, mandam flores, são gentis e quando conseguem o que querem voltam ao normal, brutos, estúpidos (que me fazem sentir também estúpida), interesseiros e sem contar agora os que ficam em armários em dúvida, se saltam ou não...
Tenho um monte de amigos gays, mas tenho que confessar aqui que tenho preconceito com os bissexuais. Não me relaciono bem com eles, não entra na minha cabeça o cara estar com homem e mulher e, diga-se de passagem, simultaneamente.
Minha cabeça pira.
Vocês podem até se escandalizar por eu assumir meu preconceito, mas não sou hipócrita.
O cara diz que me ama, que vem me ver, me buscar, manda flores, manda mensagens, cerca de todos os lados e faz o mesmo com um outro homem??? Claro finamente!!!
E não se assume, não pula desse armário!
Comigo não violão! Tô fora!
Hoje me evita, desculpas é o que consta no seu texto. As mensagens românticas sumiram.
Mas agora é assim: os príncipes procurando outros príncipes...
Quando é às claras, acho massa! Dou o maior apoio!
Às escuras é injusto, desleal, não só com a outra parte, mas consigo mesmo.
Devo ter a síndrome do dedo podre! Caras errados, histórias frustradas.
Desilusão? Talvez. Foi ruim? Talvez não!
Na verdade eu tenho mesmo essa tal síndrome, mas quantas vezes eu errar, será o número de vezes que voltarei a acreditar e tentar outra vez.
A vida me espera sempre com novidades boas e ruins...
Tenho essa FÉ para seguir.

Vou concluir esse texto com a memorável Fernanda Porto e sua poesia:
“Acreditei em poder suportar certas misérias, deitada sozinha
Não percebi que o amor estava confundido às ferragens da alma
Ele vem atrás, ele vem atrás até quando estamos dormindo...

Eu pensei que ele aceitasse ser abandonado
Mas percebi que fica enroscado nos tornozelos da gente
Rosnando baixinho para ser ouvido até mesmo, até mesmo debaixo de chuva, debaixo de chuva.
Eu pensei que pudesse esquecer um amor errado.”

Simoninha Xavier