segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

HÁ PRESSA PRA QUÊ?


Estou de férias, sem nenhum remorso por querer que o dia 02 de fevereiro não chegue...

Fui a Recife, fui a Porto de Galinhas, andei pelo meu Recife, fui a Sanharó... Tudo muito bem aproveitado, muito bem curtido por mim.

Voltei a Caruaru dia 27, quinta-feira passada, e já no ônibus ouvia as notícias por parte dos passageiros em comum: A Vila do forró foi destruída, teve um acidente que o cara varou a parede dizia uma senhora muito falante. É o fim do mundo afirmava ela.

Desde que cheguei a Caruaru em maio de 2005, curto essa cidade com muito carinho, sua tradição na época dos festejos juninos e a qualidade de vida, em ter mais tempo para acordar tarde para trabalhar, nunca pegar onibus lotado, mais segurança, etc...

Desde que voltei um assunto me incomoda: A PRESSA DAS PESSOAS.

O que querem elas? O acidente citado pela falante passageira, foi bem na parada de ônibus em que fico para ir ao trabalho. Passei por lá e vi os homens reconstituindo o muro. Ele realmente estava vazado, a pessoa na ocasião atropelada transpassou a parede... Poxa! que força!

Qual era a pressa desse motorista? Onde ele queria chegar???

Hoje em dia aproveito cada minuto do meu tempo, que antes o tempo passava sem que eu percebesse..

E não tenho mais essa pressa. Pode até ser defeito, mas como dito, não me sinto culpada por não querer correr atrás do tempo. Luto, e luto muito, mas tudo ao seu tempo.

Preciso dormir, preciso ver meu programa preferido na TV, preciso ver Cinema, enfim isso agora faz parte das minhas prioridades, a desgustação minuciosa de tudo.

Ah e adoro curtir todos os dias dos festejos juninos em Caruaru, mas apressadamente numa única madrugada, destruíram o encanto e o colorido dessa cidade. Toda a Vila do forró foi destruída numa calada noite preta...

Como será isso?

Como será o São joão aqui?

Para isso é preciso pressa, pois o São João é pra daqui há 5 meses...

Bem, já foi dito que para este São João a Vila não sai então...

Pra que a pressa da destruição? Se nada irão fazer por enquanto???

É lamentável...
S E M P R E S S A Q U E R O D I Z E R: ISSO É UM ABSURDO...
Simoninha Xavier


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ELEVADOR


Desce...

Foi assim que falei quando entramos no elevador.

Ficamos uns 3 minutos papeando, enquanto o Vítor ia pegar a chave do carro, para colocarmos alguns pertences da mãe dele lá...

Ele voltou e apertamos o botão T....

Estávamos no andar 19... E para nossa surpresa só descemos até o 17...

Ele deu um sopapo, e silêncio total, seguido da certeza de que estávamos ali presos e parados num elevador novinho em folha, recém inaugurado.

Apertamos o alarme, nenhum sinal...

Ah! Éramos eu, Vítor, Igor, meu pai, minha mãe, Natália, Mônica e Jéssica.

Eu estava bem no canto, onde o ventilador age bem...

Mas o calor que me tomou, a garganta travava, não conseguia engolir a minha tão comum saliva.

Fiquei mais surda do que já sou, ouvia de longe, minha irmã gritar, meu pai pedir por silêncio, minha mãe a falar asneiras, e as sobrinhas dizendo que estavam com medo.

Igor tentava abrir a porta, que ficou entre o 17 e o 16...

Meu pai o ajudou e dentro de uns 6 longos e eternos minutos, conseguiram fazer o elevador sair do lugar, mas ele voltou para o 19.

Eu saí e pedi a todos para pegarmos o outro elevador, mas sem sucesso, apertaram novamente o T e lá fomos nós para mais uma tentativa....

onnnn.... ops...mais uma vez ele parou...Eu sabia que ia parar, devia não ter entrado.

Paramos novamente no 17, e o pior????

Com a facilidade da tecnologia ligamos para alguns parentes que continuaram na festa da qual vínhamos, mas se sucesso. Não acreditaram que estávamos presos os sete e eu já quase sem ar...

Eu não gritava, mas era minha vontade...

PASSOU TODA MINHA VIDA NAQUELES 12 MINUTOS DE AGONIA...

Pensei no meu encontro, há um dia antes, pensei no meu trabalho, pensei no meu amigo príncipe, que ando com a relação meio extremecida e pensei em Marcílio....

Nossa foi um sufoco...
De repente o elevador voltou e onnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn....
descemos de andar em andar ele parando...
Os mais longos minutos da minha vida...

Da próxima vez eu vou de escada para elevar a dor.... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Simoninha Xavier

MAIS DO MESMO


Aqui estou eu novamente...
Um telefonema, uma única palavra e a chance do reencontro.
Tenho uma história da qual percebi terça, dia 25, que não consegui ainda me desvencilhar.
É tida como uma história impossível. Como? se estávamos lá eu e ele... Como? Se basta um olhar, um toque de mãos e peles e estamos nós nos declarando, seja com palavras ou com reações que os corpos mostraram... e aí se incluem arrepios, sorrisos de lado, abraços apertados ou até nossos brinquedinhos se manifestando... pulsando, pulsando, pulsando hi hihi...
Todos que ali passavam e teimavam em nos atrapalhar, era vitimado dos mais ferozes olhares, por estarem nos interrompendo.
Como pode o corpo reconhecer o outro dessa forma? Como pode o dia ter se pintado de cinza só por causa do nosso reencontro...Nosso tom preferido quando estamos juntos.
Como pode o sorriso estar igualzinho, pelas mesmas coisas, as mesmas reclameções do decote, do olhar, enfim, parece que tinha o visto ontem.
foram 11 meses desde o último encontro...
Sei que é muito pouco para quem ama, mas sei que esse átimo de tempo juntos nos recarregará, nos confortará e acalentará nosso coração e nossa memória.

Para concluir vou parafrasear o filme Cidade dos Anjos. Lá se fala: "O destino une e separa pessoas, mas mesmo ele sendo tão forte é incapaz de fazer com que esqueçamos pessoas que por algum momento nos fizeram felizes..."

E ainda:

Eu prefiro ter beijado uma vez, abraçado uma vez, ter tocado uma vez, do que ter que passar a eternidade sem isso.


Pra você meu grande amor...


Simoninha Xavier.