DE MODO SUPERLATIVO ESTOU LASCADÍSSIMA...

                                               

De modo superlativo, é assim que o chamo...com um certo ÍSSIMO...

Tudo nele é demais: amigos, “amigas”, lugares, razões, teimosia, certezas, o verdíssimo dos olhos...

Não estava acostumada a lidar com tanto narcisismo, com espaços tão preenchidos.

Ele é tão espaçoso quanto a letra que escrevi neste texto. Despachado então, nem se fala, minha rede nem minha mais é, pertence a ele.

Minha mãe, já chama de mainha, o libertino...

Chega e diz: -sábado vou dormir aí... 
Ham! como assim, nem convidei, kkkk

Tudo nele é mesmo superlativo: me é caríssimo, animadíssimo, carinhosíssimo, atenciosíssimo, espalhadíssimo, altíssimo e isso eu adoro, fico pequeniníssima do seu lado. Até nos sumiços e inconsequências ele é geminianíssimo... hi hi hi hi

E eu no meu jeito contido de ser, com meu humor ácido, ando me chocando com o jeito dulcíssimo dele, ando encantadíssima, atrapalhadíssima, quase uma Simoníssima... kkk

Se exibe tanto que pavão perde, se presta para todos, se atrapalha claro, mas tem um coração alargadíssimo...

Só sei que estou lascadíssima...

Simoninha Xavier

DIA DO HOMEM

Fiz este texto para um querido e especial ser, que me invadiu desde janeiro... Espalhadoooo ele...


Você aparece, enche minha solidão, até então suportável, da sua presença e invasivamente preenche tudo.
Como é fácil se acostumar com tanta atenção, com tanto carinho...
Como é bom andar sorrindo a toa, lembrar das palavras ditas, das frases escritas num cartãozinho com flores, mesmo que não sejam plantadas, sejam das arrancadas. Ver que tirou toda a barba só para me agradar...
Estava até ouvindo sons diferentes dos meus, vendo em cores que antes não sentia...
De repente... De onde vem o desinteresse? de onde vem a indiferença?
Como magia, diferente da mágica do início, tudo se enche de ausência.
Cadê o carinho? Cadê as canções? Cadê o sorriso? Cadê você?
Cadê, cadê, cadê você? Cadê que eu não vejo mais você?

Simoninha Xavier
15/07/2013 - Dia do Homem

ECLIPSE OCULTO

Ele nem tinha mesmo a leveza que seu olhar transmitira um dia...
Seu riso era nervoso por todo instante...
Seu olhar fitava olhares alheios.
E a canção da noite qual foi? Ahhh... Essa nem demos ouvidos.
A garoa que caiu nem esfriou o meu corpo, que está quente até agora.
Ahhh, hoje me dei conta que ouvi lá longe alguém cantando algo que dizia assim: “tipo de amor que não pode dar certo na luz da manhã” e eu achei que isso vinha apenas do palco...

Simoninha Xavier