Vim parar nessa cidade por força das circunstancias...
Aprendi a me virar sozinha.
Mas na cidade tão tinha amigos, não tinha família...
E agora? o que fazer?
Novos amigos? novos vizinhos? Uma família nova? Novos amores?
Tive que construir do zero essa nova identidade de laços, tive que encontrar amigos no trabalho, no prédio, nas ruas, nos olhares, nos sorrisos, nos cumprimentos de bom dia, boa tarde ou boa noite que viessem a ser repetidos, enfim tive que arriscar.
Em muitos casos acertei, encontrei novos amores, encontrei o amor há mais de 15 anos não sentia, encontrei uma família que me acolheu como membro dela sem restrições. Fiz amigas novas. Principalmente me estabeleci como mulher e profissional.
Ultimamente venho pensando na força que sempre pensei ter,
na fragilidade que ando sentido, na falta de confiança por parte de algumas relações, que pensei estarem estabilizadas e estabelecidas como segura.
As três ultimas semanas tem sido uma catarse, que espero eu esteja chegando ao final, pois tem saído bastante coisas negativas, coisas que pensei não ter em minha existência, no meu âmbito de convivência. Claro que não sou ingênua de não saber que as pessoas tem bondade e maldade em si, mas achava que pelo menos nas minhas relações o que era ruim, nós conseguíamos eliminar com diálogos e acordos verbais, corporais ou telepáticos, sei lá.
Sou leal as minhas amizades, mas preciso delas a mesma coisa, quem não me preenche de confiança, não me tem presente e quem não me da confiança idem.
A decepção com que vivi esses derradeiros dias tem me deixado um vazio tão grande, que é como se parte do meu ser fosse mutilado. Dei parte de mim numa relação de amizade, e a minha expectativa básica era no mínimo diálogo, mas nada tive.
As relações de amizade são ceifadas, por não haver a bendita confiança, por ter o bendito dinheiro no meio e falta da bendita condição básica de uma relação: O RESPEITO...
Porém tudo isso não vai tirar de mim a fé no ser humano, errei, errei, mas na próxima escolha irei acertar, e se não acertar, de novo tentarei, e de novo tentarei e de novo tentarei... quantas vezes for preciso. Porque o mal que tem em mim, quero que fique aqui, sem que ninguém precise ser atingido por ele.
Prezo pelo melhor caminho sempre, mesmo que possa ser mais trabalhoso, mais difícil.
E isso não é uma quimera, é sim o que sou. Prefiro o bem.
A você amiga, que me machucou tanto esses dias, que não confiou na minha boa fé, que não correspondeu ao que fui pra você. Desejo que encontre um caminho melhor, um caminho que não foi o meu esses dias, incapaz de encontar a paz.
Deus está vendo tudo isso, sei que ele nos recompensará como devemos e nos fará pessoas melhores depois dessa experiência.
Desejo isso de fato, não posso em três semanas esquecer o que já vivemos, o que tivemos de bom, nossas boas risadas juntas, nossas tristezas divididas, nossos tratados sobre sexo discutidos em ampla escala. Nossas experiências nesse assunto colocadas em laboratório para serem analisadas, kkkk...
Pena que se esvaiu... Sentirei sua falta.
Simoninha Xavier
Simoninha Xavier
