Encarei a verdade e lá fui eu...
Eu tinha que vê-la, saber se estava bem.
E pasmem, ela está bem. Não sei de onde vem tanta força.
Claro que Deus está presente nisso, claro que sua força também está nela.
Quando me viu, chorou, chorou, seu coração só ficou batendo 11% do que devia.
Ela esperava que eu fosse, mas não naquela sexta.
Mas não podia esperar, fui logo sentir seu colo, sua força e seu semblante.
Pois é, de 11 a 30%, é assim que está seu coração agora, a espera de um marcapasso, para regularizar seu ritmo.
Tive vontade de chorar, mas não pude, tenho tanto medo de perdê-la.
Mas quem sou eu para decidir sobre isso.
A ternura daquela sexta de manha, foi tão forte, que ali senti que esse laço é eterno.
Não só meu e dela, mas de todos nós Xavier Batista.
Eu, ela, meu pai, minha irmã mais velha, meu irmão mais novo, e minha irmã que está distante em São Paulo, que liga a cada duas horas, para saber notícias.
Meu pai cola lá na cadeira da sala de espera e espera a cada visita entrar e dar-lhe força, para que ela resista e fique forte.
Meu Deus que exemplo esse amor. Estão juntos há 46 anos e ainda sentem essa aflição tão grande por estarem um longe do outro. Me orgulho muito de ter esse amor como exemplo.
Meus Pais.
Esses sustos servem pra isso, como falei no post anterior.
Eu só pude estar na sexta lá e hoje voltei, com o coração apertado, mas meu trabalho também me espera. Só voltei porque meu pai e meus irmãos estão lá presente, às 11h, às 15h e às 21h os dias que necessários forem, sei que estarão lá.
Nos juntamos nessa vida, não sei porque razão, mas foi a melhor família que poderia encontrar, embalada pela melhor mãe do mundo.
Mami, só tirarei o colar do pescoço quando você estiver bem e curada.
" Pai nosso, que estais no céu, santificado...
Enquanto ele estiver comigo dia e noite, estarei rezando baixinho e com força, para que seja a vontade do Pai.
Mami, te amo.
Simoninha Xavier.
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