segunda-feira, 12 de março de 2012

RECIFE X OLINDA: 475 ANOS


Uma já tem o nome de linda, mas a outra se veste de corais,
Uma com seu farol ilumina a outra com suas marolas,
Uma tem que subir pra ver a outra lá em baixo,
lá embaixo uma se encanta com o verde nas alturas da outra.
Entre as duas cresci e tive os melhores anos da minha vida.
Entre as duas escrevi minha história como bibliotecária que hoje também comemora seu dia.
Muitas vezes subi a Sé somente pra comer uma tapioca, muitas vezes fui ao calçadão em Boa viagem para deixar o mar levar minhas mágoas.
Muitas vezes fui ver o entardecer esperando a melhor hora do dia pra mim, o crepúsculo, admirando lá de cima de Olinda o meu Recife, menina dos olhos do mar, como diz Lenine.
Hoje estou longe delas, hoje existe uma estrada de saudades, de lembranças e de carinho.
Recife e Olinda, estar longe é de perto a maior dor de uma bairrista de Tejipió.
Estar longe é senão saudade e lamento das ruas, das árvores, dos saguis do meu quintal, de quando era noite de lua cheia, que eu imaginava estar a beira mar, por causa do barulho que as palhas do coqueiro faziam contrastando o prateado do luar na minha janela.
Recife, a saudade é tão grande que até me embaraço...
E em Olinda o carnaval é o melhor do mundo, é sensacional...
Ai saudade, saudade tão grande...

Simoninha Xavier.

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