segunda-feira, 28 de novembro de 2011

29 DE NOVEMBRO DE 2011





Os olhos mais verdadeiros que já senti,

O sorriso mais incrível,

O seu semblante, nunca esquecerei... seu nariz perfeito, dentes brancos, uma aura de paz, seu rosto me vem perfeitinho sempre que lembro de você.

Nossa! Como você estaria hoje aos 41 anos?

Como lidaria com meus avanços? tenho certeza que teria seu apoio em tudo, como tive nos dois anos juntos com você.

Os dois melhores anos da minha vida. As canções que tocava todos os dias no ônibus a caminho do colégio, que sentia como bálsamo para os meus ouvidos.

A sua insistência em não retrucar meu pai, todas as vezes que ele implicava com você(e eram muitas).

Ah! Meu querido! porque estou aqui sozinha? Porque não ficou aqui e viveu tudo que tínhamos pra viver?

Eu ontem fui a mais um suposto encontro amoroso. O rapaz super interessado, super gentil, belo, mas eu arrumei todas as desculpas para não viver esse possível amor.

Será que ainda é você que procuro neles?

Será que não percebo que já se passaram 22 anos?

Eu fico todos os dias do ano como deve ser, forte, segura, confiante e perseverante, mas ao chegarem os novembros, tudo me vem, toda dor e toda delícia de ser o que sou, me invade e me atormenta.

Já nem sei a que sina me condenei(se é que posso saber da minha sina).

Eu só quero olhar os montes e ter alguém pra dizer que pensei.

Eu só quero poder sentir o desejo de alguém me cuidando e me acarinhando, cada vez que eu estiver carente.

Me animo, animo os pretendentes, mas ao dar de cara com o novo, com tudo que vou ter que passar e expor sobre mim, sempre recuo como ontem. Sei que decepcionei meu novo e belo pretendente, contudo, é mais forte que eu... O medo, a comparação, a falta da segurança que sentia aos 19, me fazem recuar e dispensar os garbosos homens que me assediam(e modestia a parte, atraio sempre belos homens).

O meu futuro não sei precisar, só tenho o hoje. E hoje 29 de novembro de 2011, ainda estou sozinha, não sei por quanto tempo...


Para concluir deixo aqui o pensamento que traduz tudo que fui até hoje:



"Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só sua."

(Cecília Meirelles)


Ei pessoal, existe mundo e pessoas depois do fim do mundo. Em 29/11/1989 o mundo se acabou, mas estamos aqui...





Simoninha Xavier







2 comentários:

  1. Após a perda de seu amor, Hélio Pellegrino, Lya Luft escreveu no poema "O lado fatal":

    "... não me consolem
    da minha dor, sei eu"

    É isso Si, as vezes, o que mais queremos é dizer: "Silêncio por favor" e que a vida seja nada mais que "uma pausa de mil compassos".

    http://www.youtube.com/watch?v=haAppvK_DlI

    Virtus et fides!

    ResponderExcluir
  2. Olá Cris!
    Que bom que voltou ao meu blog!
    Senti falta de sua nobre, sempre poética contribuição!
    Paz e luz no seu caminho amore!
    Xero
    Simoninha.

    ResponderExcluir