segunda-feira, 18 de maio de 2015

Caruaru, 158 anos já? Mas tem uma ar tão jovem!






O que mais gosto?
A feira, a música, o céu, os pores-do sol, a lua, que aqui é tudo diferente e encantador, e as cores do agreste? Como não amar!
Estou a doze dias de fazer uma década aqui em Caruaru.
Poxa! Dez anos!!!!
Quando cheguei aqui, não tinha na mala o desejo de ficar, até conhecer as pessoas que nem daqui eram, mas que assumiram a cidade como sua, então tratei de traçar um novo plano.
Fiz amigos, fiz trabalhos e hoje construí minha carreira e uma vida com uma qualidade de vida por mim desejada há tempos.
O desenvolvimento vai a passos largos, planejado? Não, mas vamos vivendo.
Seja num verso de um cordel ou na tradição de um ritmo genuíno, seja no restaurante de TIa Guida ou no point da Má fama.
Seja na quentura de rachar o cano durante o dia ou no frio de lascar que faz a noite.
Seja num show do Palco alternativo da Estação ou na escuta dos aboios do vizinho. Caruaru é uma cidade linda e fenomenal.
Cheia de mistérios... Raios, trovões e relâmpagos sem chuvas. Ciclones inesperados, tremores e até um tal de turfa, que nunca tinha ouvido falar, mas aqui tem!!!!
Uma cidade onde a música rima com o teatro e seu povo rima com a dança, respirando cultura.
O Alto do Moura, o Monte Bom Jesus, o bode, a seriguela vendida no flandre, a farinha pozinho no latão, a piaba, a tanajura. Tudo isso ainda permanece por aqui, só pra resistir ao desenvolvimento, só pra fazer gosto de ver na Feira de Caruaru.
As nêgas de barro, os artistas, que a gente esbarra nas esquinas, seja do barro, seja da música. Eita cidade cheia de estrelas viu! Um luxo!
Não sei do amanhã, só sei que até hoje todas as escolhas que fiz e que incluíram Caruaru, tem me feito feliz e agradecida pela acolhida, pela vida que levo e pelo encantamento de sempre poder me descobrir em novos passos e descobrir a cidade em seus mais simples recantos.
Amo viver em Caruaru.
Feliz vida Caruaru! Feliz crescimento! Feliz aniversário!
Caruaru, 158 anos. A cidade que escolhi para viver.
Simoninha Xavier

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