Quero flores e direitos.
Quero bombons e deveres, porque não!
Não quero véu, nem grinalda, quero apenas o ato cerimonioso
de ser cuidada por alguém.
Quero respeito e não igualdade, afinal somos diferentes em
gênero e número com graus elevadíssimos, hi hi hi
Que eu possa dizer não seja em que situação for... Que o que
eu vestir, usar, falar não sirva de álibi para a violência hoje banalizada
contra nós.
Que as cismas que eu tenha seja vista e ouvida com crédito.
Mulher intui ou cisma? Acho que intuindo ou cismando é batata! Nunca erra... Ou
é ou foi ou vai ser. Alguém duvida disso aí?
Eu adoro quando abrem a porta do carro, carregam minhas
compras e não tenho nenhum pudor em assumir isso. Hoje esse comportamento é
raro, mas há pouco tempo atrás me acostumaram a isso... Ruim foi desacostumar.
Parafraseando minha homônima Simone de Beauvoir, não nasci
assim, me tornei a mulher que sou hoje... Tenho coragens incríveis, medos bem
tolos como o de: LAGARTIXA...
A tão digladiada diferença entre os gêneros é senão para
mim, a certeza de que somos quase perfeitos no complemento um do outro. A
completude disso se daria na compreensão e generosidade peculiares a nós para
lidar com isso e com todos os erros de percepção um do outro.
Direito a ter prazer, mas com o dever de cuidar da saúde do
seu corpo com exames rotineiros e prevenções competentes como preservativos.
Usar um decote em V, um shortinho desfiado, uma saia mini ou
viver sozinha, não quer dizer que você não tem filtro, que você irá aceitar o
primeiro que aparecer, seja em que estado civil for. Não quer dizer que você
não pode escolher... Mesmo que isso te condene, como diz Sartre, o direito é
seu... Não, meu... Nosso!
Hoje posso ser uma bruxa com a certeza de que a intolerância
não me queimará viva... Direito conquistado....
Queremos direitos, mas eu gosto é de rosas, de rosas, de
rosas...
8 de março - Dia internacional da Mulher
Simoninha Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário