terça-feira, 12 de março de 2013

12 DE MARÇO


E por entre esses corredores eu sigo, eu me encontro, e me realizo. Claro que prefiro a estante que consta o colombiano Gabriel Garcia Marquez, com seu “O amor nos tempos do cólera”... E o corredor do principezinho francês, nem se fala, mas estar nesse mundo fascinante da escrita, das ideias e do conhecimento, me impulsiona e me torna uma pessoa desconstruída todos os dias. Mostra-me que o que estar por vir diariamente é imensamente incerto, contudo muito desafiador. Entre estantes, pessoas, autores diversos e contraditórios, vou formando a minha história como bibliotecária.

-“Um templo sagrado”, dizia apropriadamente um antigo diretor meu.

Para mim é um lugar mágico, divino e encantador...

No processo de selecionar, preparar, dispor e disseminar esse mundo incrível que é a informação andei por muita poeira e ambiente lúgubre, aqui hoje é quase tudo novo, quase tudo zero, o que envelhece é apenas o manuseio, o estado físico, aqui eles são apenas surrados e não velhos. Acho bom que esses autores serem surrados. É a minha doce vingança: não consigo lê-los todos, então quem o faz abusa, hi hi hi...

Quando chego aqui tenho uma Simoninha e ao sair me sinto recriada, reescrita, refeita, revisitada. Nesses anos todos que sou bibliotecária, dezesseis... Faço viagens diárias a minha versão do mundo e a versão que cada leitor/usuário me proporciona fazer.

Que Deus me dê a plena forma física e mental até o fim para seguir nesse sonho que transformei em Bibliotecária...

12 de março - Dia do Bibliotecário.

Simoninha Xavier

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