quinta-feira, 9 de setembro de 2010

CADÊ EU?


Estava eu ontem, às quatro horas e quinze minutos da tarde, andando pelos quadrados de grama que ainda não se juntaram para formar um lindo gramado e aí ser um lindo caminho de chegada e saída do meu trablaho, quando olhei aquela multidão vindo em minha direção. E isso se tornava nítido sinal de que eu perdera o ônibus àquele instante.

Elas passavam indiferente... Indo para o ponto eu só sentia a minha sombra, só sentia o vento contra a minha tez.

Ao chegar ao abrigo, uma moça avisa: - Ele acabou de passar...

Conversamos, debatemos temas de interesse comum e com um sorriso me ofereceu carona.

Nunca me viu, nem meu nome perguntou, apenas se solidarizou com o problema, que ora era dela também, O difícil serviço de transporte que ambas utilizam.

Nesse momento minha sombra sumiu e ali era eu. Entrei no carro, reconheci o rosto do seu namorado, um velho conhecido, conversamos, debatemos e me levaram ao meu destino de interesse. A padaria do centro da cidade.

Ali descemos eu e minha sombra que de novo passou a me acompanhar, mas logo ela esbarrou na sombra do edifício da padaria...Sumiu... ops, cadê eu??? Ela também era eu.

Só hoje com o raiar do dia nos encontramos...


Simoninha Xavier

2 comentários:

  1. Feiticeira, como eu queria te encontrar.
    Você tá escrevendo como nunca cara.
    Pena que não seja eu seu muso inspirador, huahahahahahahhahahahahhahahahahahhahahhah.
    Te amo mais a cada dia por isso.
    A gente viaja com suas descrições. Uma verdadeira poetiza.
    Eis aí a chave do poeta. Transformar tudo que vê e vive nas mais belas poesias.

    Muito bom texto esse e todos os outros.
    Parabéns.
    O SEU MAGO, WILL.

    P.S: Falta você escrever sobre nossa essência perfeita e sobre nossas idas ao cinema, kkkk.

    TE AMO. WILL.

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