ELES FORAM FELIZES...

Um bosque de eucaliptos, uma casa campestre em ruínas e todo bucolismo, toda força da doçura e do cheiro da terra e do momento.

Uma ermida erguida seculos atrás a uma santa que tem o amor como vocação: Santa Teresinha.
Andanças, aventuras, ternura, cumplicidade, sonho... Sonho? de que?

De estar ali com ele num sacro-acontecimento. Uma cotovia e um rouxinol de testemunha a cantarem juntos a mais linda cançaõ já ouvida por alguém. Eles ouviam, eles ouviam tudo.
Um céu de azul e branco, encantador...um sol forte mas com o vento e o frio dançando essa canção.

A luz que tinha era do prateado do sol, abrindo caminhos e esperanças para os dois que ali estavam.
Os eucaliptos com as rajadas de vento, se tornavam percussão e acompanhavam a canção dos astros voadores.

O bolo de bacia era o banquete daqueles dois seres que se amavam e estavam ali celebrando aquele acontecimento. A cajuína, o mais doce e nobre dos néctares para deleitar em taças de geléias, que se tornavam finas e reais. Aí estão o sabor e a lembrança do lugar mais lindo que eles ja visitaram e do melhor encontro que ambos tiveram na vida.

A força maior desse momento estava presente: Era Deus sorrindo, pondo tudo em movimento. Os corações, o vento, as folhas, o bosque, até os anjos em concreto verde e principalmente os sons das canções que vinham da cotovia e do rouxinol, ou será que era de seus corações?
Ali...como um milagre, eles foram felizes.

SIMONINHA XAVIER