domingo, 22 de fevereiro de 2009

CARNAVAL


Vê os confetes do pranto no olhar, desses palhaços dançando no ar, vê multidão colorida a gritar lará, vê turbilhão dessa vida passar, vê os delírios dos gritos de amor, nessa orgia de som e de dor...
Tomei a liberdade de usar as palavras do grande poeta Moacir Franco, para expressar o que é o carnaval, hoje para mim, senão uma brincadeira onde se esconde a dor.
O colorido, as fantasias que queriamos serem verdadeiras em nossas mentes, as canções saudosas, os amores que se encontram e se desencontram em tempos momescos, a esperança de esborrar toda a tristeza e tranformá-la em confetes e serpentinas, nas plumas brancas queríamos a paz, nos paetês em vez do brilho do metal, porque não o dos nossos olhos...
Os amores de carnaval vem e vão, os amores até podem não vir no carnaval, mas onde ele estaria a essa hora...onde estará o meu amor... Eu poderia ser até aquele pierrô, que voce deixou ano passado a chorar, a sofrer... Não me leve a mal, pelo saudosismo, hoje é carnaval...
As máscaras que estão todos os dias se mostrando na face do meu amor, queria vê-las caídas hoje em algum salão, em algum baile e lá no palco, que seja o palco da vida, queria ouvir a mais linda canção que eu pudesse ouvir, que pudesse ser assim, o frevo saudade, a evocação de outro poeta ou uma ciranda para ver o peixe amarelo, numa manha de carnaval.
Vou contrariar outro poeta, pois não será de amargar, quando o dia amanhecer e obrigar o frevo a acabar quando a quarta feira de cinzas chegar...Ó quarta feira ingrata para tantos, chega logo e faz minha tristeza acabar...

Simoninha Xavier

Um comentário:

  1. Que coisa forte Simoninha, quem for o felizardo da sua paixão tá feito...
    Esse cara ta é doido, é???
    Te adoro.

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