quarta-feira, 5 de abril de 2017

OUTONO


Como se muda de pena, as folhas que caem a partir de hoje me desnudam.
Sinto mudanças no porvir.
Mas não posso falar do futuro como se conhecesse ele.
Não sabemos nada.
O verão que deixei partir, mandou de volta a certeza de que as vezes encontramos cores na queda. 
Que o tempo passe, que ele cure e que o que tiver de ser vigore.
Há um outono aqui. 
Há tempos que vai e volta. 
É mudança que teima.
É incerteza que vinga.

Simoninha Xavier




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