segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NOVEMBRO


Os novembros sempre me marcaram.
Num novembro perdi o grande amor da minha vida,
Num outro novembro, perdi um anjinho que cuidei,
Num novembro perdi meu irmão.
Num quarto novembro atrás vivi de novo um grande amor
Nesse mesmo novembro senti o gosto mais doce da vida...Um doce novembro
Agora é novembro de novo...
Queria tê-lo doce de novo
Queria acreditar nos novembros de novo
Mas agora ele me atormenta
e a chance é anual, única...
Ainda dá tempo?
Vem doce novembro...
A voz dum anjo sussurrou no meu ouvido
eu não duvido já escuto os teus sinais
que tu virias numa manhã de domingo
eu te anuncio nos sinos das catedrais
Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais...

Simoninha Xavier



2 comentários:

  1. Simone,
    Sabe aquela música que "diz a dor é minha e não é de mais ninguém..." Pois é, descobri que também podemos sentir a dor juntos. Novembro assim como doce traz tons notas de amargo que numa escala do travoso partindo para o doloroso. O que me consola é que sempre acabamos aprendendo algo de novo nos sabores fortes desse penúltimo mês do ano. Nesse especialmente aprendi mais sobre a "dor consciente" aquela que é inevitável, sabe-se da sua extensão, que é necessária muitas vezes, mas também se sabe que vai passar. Que venham novos - doces ou não - novembros.
    Grande abraço fraternal,
    Pedro

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  2. vi um post seu e gostei.
    http://srtasimoninha.blogspot.com/2009/08/sindrome-do-dedo-podre.html

    Segue lá o nosso blog, e se quiser pode compartilhar suas historias de dedo podre.
    :)

    Beijos,
    Amiga do dedo podre

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