quinta-feira, 10 de setembro de 2009

UM ROUXINOL TOMOU CONTA DE MIM


Um rouxinol, o mais belo que existia no bando, se encantou com a borboleta.
Colorida, alegre, extrovertida, exuberante, assim era a borboleta.
O Rouxinol, lindo, mas quieto, tímido, só as vezes era um tanto quanto ousado.
Ele era ousado em dizer a borboleta, que era louco por ela, mesmo eles sendo de espécies diferentes. Ele encantava a borboleta com seu canto e seu olhar.
luzes, faíscas, brilhos, era assim que a borboleta sentia cada vez que o ouvia cantar.
A melodia, a canção que tocava os dois a cada encontro, jamais fora ouvida em lugar algum.
Somente os dois conseguiam ouvir tal canção, tão tênue era o som. E só aos dois interessava.
O barulho de carros, pessoas falantes, outros animais, enfim, nada perturbava o encantamento um do outro.
Certa vez aconteceu do leão descobrir o encantamento dos dois e ir abordar a borboleta sobre o assunto.
A borboleta perplexa perguntou:
-Quem ousou te dizer isto? Como pôde????
-Ora minha querida, está nos olhares de vocês, são de espécies diferentes, apesar dos dois voarem, esse amor jamais...
-Meu caro rei, aconteceu, não podemos controlar e afinal de contas, ainda não tivemos nada, só sabemos desse amor... impossível a natureza, mas não para os nossos corações. Eu o admiro pelo seu canto, ele me admira pelas minhas cores. Ahhhh...
-Ora, ora, Borboleta pare de voar, pise forte como eu e veja a realidade das coisas.
-Ora, ora, digo eu meu caro Leão, veja a realidade você, desde que deixei de ser lagarta, não parei, nem vou parar de voar...isso é a minha natureza voarrrrrr... lá, lá, lá, lá, lá...
O Leão foi embora e a borboleta ficou a pensar:
- Ele é o rei da selva, se realmente quiser me impedir de ficar com aquele pássaro? o que farei?
E na certeza do sentimento que tem, a borboleta seguiu pensando no rouxinol.
-Agora o rei tomou ciencia da situação, só que não da intensidade desse sentimento, nem do que isso pode tornar possível, portanto não terei medo. A admiração, o carinho, o afeto, ficarão para sempre...
Enquanto há vida, há esperanças...quem ja não ouviu isso?
É difícil não ter esperanças...

simoninha Xavier

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