quarta-feira, 29 de abril de 2009

UM PRESENTE INESPERADO EM 81?


Até conhecê-la, não sabia o quão bom era ser doce.

Quando a conheci, acho que tinha 10, 11, 12, bem não sei, sei que faz tempo.

Na época, andava de acordo com que havia de mais moderno, cabelos em permanente (que ate pedi para o meu irmão me pagar um e fiquei horrível, kkk), unhas vermelhas, pele branca, altivez, presença, força, elegância, mas tanta doçura em tudo isso, que logo se via que era defesa...

Ela quem começou com a historia de me chamar de Simoninha, só ela enxergava em mim essa pessoinha... Foi difícil depois de mais de 20 anos me acostumar com outras pessoas me chamando assim, antes só permitia que ela me chamasse...era legítimo.

As pressões que sempre sofri, o meu jeito de ser, minhas dificuldades de lidar com a familia, nela era esgotado e esclarecido. Sempre senti dela o respeito que queria ter de todos, apesar de me chamar de Simoninha, sempre me viu como uma pessoa que tem opiniões próprias e que precisa de atenção, ah e isso ela sempre me dispensou sem cautelas.

Tinhas duvidas, ligava para Simoninha, tinha alegrias, dividia com Simoninha. Gente! isso me fez tão forte e tão cheia de mim, que as vezes era insuportável, kkkk...

Até no momento mais difícil de nossas vidas em comum, foi para mim que ela confiou a decisão da busca do meu irmão já ido dessa vida. Foi muito dolorido tudo que passamos, mas hoje tenho o maior orgulho de ter merecido sua confiança.

Outro dia ganhei um livro de um padre que ela adora, chamado "Quem em roubou de mim", e lá tem escrito: " tem pessoas que nos roubam... Tem pessoas que nos devolvem...

Isso traduz exatamente o meu sentimento em relação a esta pessoa ímpar que meu irmão me deu de presente, ele se foi, mas o presente ficou. Ela sempre me deixou comigo, nunca me roubou, como fazia minha familia. E nunca nada foi forçado, tudo sempre fluiu naturalmente, ela caladinha, eu caladinha, mas quando nos uníamos, consoantes, palavras, verbos e frases se transformavam aos poucos( mais de 20 anos) na poesia que é nossa vida hoje.

Duas filhas lindas, que tambem me fazem sentir-me muito amada. Mais dois grandes presentes.

Uma doçura, uma paciência, uma disciplina, uma postura...Passaria linhas de kilometros aqui descrevendo suas qualidades, mas a melhor delas é ter conseguido ser minha amiga por tantos anos ter me compreendido, quando ninguem me enxergava.

AMO VOCE Marcelia... Saber que voces só vão lá em casa quando eu fico para o domingo é demais...kkkkkkkkkkkkkkkkk


Sua eterna Simoninha... Foi em 81? que esse doce apelido me chegou aos ouvidos?


Um comentário:

  1. Si, é o que eu digo, Deus nos proporciona "pequenos" milagres (ENCONTROS), mas está em nossas mãos o poder de ESCOLHER acreditar neles. Vocês acreditaram nesse encontro e veja que linda árvore brotou dele... Parabéns para as duas que tiveram olhos para ver e ouvidos para ouvir.

    Beijos.

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